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Casa Firjan: identificação de tecnologias emergentes pode garantir a longevidade das empresas

Como as empresas podem se preparar para o futuro? Em tempos cada vez mais velozes e competitivos, ele deixou de ser uma preocupação longínqua para se tornar uma questão que se impõe desde já. Saber identificar os sinais que ajudam a entendê-lo é o primeiro passo para antecipá-lo, garantindo a sobrevivência dos modelos de negócio daqui a 10 ou 15 anos. Essa é a opinião de Thiara Cavadas, sócia e chefe de pesquisa da Envisioning, empresa responsável pela identificação de tendências e cenários futuros, através do mapeamento de tecnologias emergentes.

Thiara conduziu a palestra “Estudos do futuro como ferramenta empresarial”, que aconteceu na Casa Firjan, em 19/03. O evento faz parte do Aquário, ciclo de palestras da unidade. “Olhamos para as tecnologias emergentes de modo a entender suas implicações no comportamento humano e na sociedade. Se as empresas não olharem para o futuro, serão engolidas por ele. É importante detectar produtos que estejam alinhados com o que está por vir e até mesmo tentar mudar um futuro não desejável”, afirma.

Segundo Thiara, há muitas formas de detectar os “sinais do futuro”. Alguns exemplos são a observação do comportamento de pessoas mais jovens, a análise de obras de ficção científica e a reflexão estimulada por alguma obra de arte. O trabalho da Envisioning é mapear as tecnologias que irão impactar a sociedade em longo prazo.

Depois de construído o “mapa do futuro”, a empresa utiliza a metodologia Readiness para gerar indicadores quantificáveis do progresso tecnológico de cada tendência identificada. Esse processo de metrificação oferece uma visão sistêmica, apontando o estágio de evolução, a viabilidade técnica, a competição no mercado e o desejo social das tecnologias. “Temos que saber o quão viável é aquela tecnologia para a empresa e também o quão pronta ela está para a sociedade, situando-a no mapa de acordo com a sua realidade atual”, explica.

Thiara também atenta para as chamadas métricas de impacto que analisam o grau de sustentabilidade de cada tecnologia pesquisada e o seu efeito dentro da própria empresa. Mas como as empresas podem se sentir seguras, uma vez que as projeções são tão distantes e o feedback não é imediato? “Temos uma lista de tendências que entregamos de acordo com o projeto solicitado e cada tendência é corroborada não apenas por uma tecnologia ou case, mas por centenas deles. É uma infinidade de dados e informações confiáveis que estão ao alcance dos empresários como meio de organizar o conhecimento. É uma metodologia documentada que dá tangibilidade ao futuro”, ressalta.

Ao final da palestra, Thiara propôs uma dinâmica de grupo em que os participantes se dividiram em trios e criaram, a partir da combinação de duas tecnologias emergentes sugeridas, protótipos de sustentabilidade para a cidade do Rio. A ideia era exercitar as orientações apresentadas na palestra.

Confira a programação da Casa Firjan.

Fonte: Firjan