Voltar a notícias

Como a moda e a mídia se adaptam à revolução digital

O momento de ruptura que revoluciona a indústria afeta também os mercados da moda e da mídia, que vêm incorporando as tecnologias digitais como forma de engajar e fidelizar seus públicos. O tema foi debatido na noite de 04/09, na Casa Firjan, na palestra “Do impresso ao fashionfilm: O que os grandes veículos e marcas de moda estão fazendo para se adaptar às novas realidades”.

Todas as terças, a partir das 19h, a Casa Firjan apresenta palestras e debates sobre temas ligados à nova economia. As próximas irão abordas temas como crowdfunfing, ética em tempos de Inteligência Artificial e FinTechs (startups para desburocratizar processos de investimento). Confira a programação e garanta sua vaga.

Na palestra sobre moda e mídia, representantes das marcas disseram que mantêm a aposta nas lojas físicas e nas revistas impressas, porém investem cada vez mais nas mídias online para se comunicar diretamente com o consumidor. Bruna Slaviero, coordenadora de Marketing da Farm, contou que a grife utiliza todas as ferramentas, como Instagram, Facebook, You Tube e até o Spotify, onde mantém uma rádio com várias playlists. No Cantão e Redley, os canais digitais são trabalhados para contar histórias. Ou seja, a estratégia não está voltada para apresentar os produtos; e sim para mostrar os conceitos associados à marca, conforme destacou Mariana Egert, diretora de Branding.

Impressos de luxo

Nas Edições Globo Condé Nast, que publica as revistas Vogue, Glamour e GQ, essa possibilidade de comunicação direta com o público revoluciona a mídia, por ter deixado de ser a única porta de contato entre consumidores e grifes de moda. Daniela Falcão, diretora de Conteúdo da editora, lembrou que a primeira “disruptura” veio com as blogueiras; depois as marcas passaram a gerar conteúdo próprio.

Como resultado, a busca pela satisfação do leitor e do anunciante, que passa pelo entendimento do que o consumidor deseja, se tornou central. Segundo contou, a mensuração dos canais digitais das publicações é parte da rotina dos editores, que acompanham o engajamento do público para definir o conteúdo das versões impressas.
“Nossa aposta é que as versões impressas serão encaradas, cada vez mais, como revistas de luxo. Nesse modelo, as capas são como um pôster, com poucas ou nenhuma chamada, e a periodicidade é mais espaçada”, revela. Daniela disse ainda que novas formas de distribuição vêm sendo estudadas.

Fashionfilms

No universo digital, as empresas presentes fazem uso cada vez maior também dos vídeos. Doug Clayton, cofundador da The Instanteaser Company, defendeu os fashionfilms (vídeos curtos conceituais de moda) para reter a atenção e engajar o público, com elevadas taxas de retorno. “O grande boom veio com a banda larga, que possibilitou canais de distribuição para ampla veiculação. Antes, só havia TVs abertas e fechadas”, lembrou. Por outro lado, essa proliferação impôs o desafio de se destacar entre tantos vídeos postados.

A estratégia de diferenciação adotada por Guilherme Flarys, sócio fundador da empresa Gomus, agência de brand music, envolve o uso da música para comunicar marcas. “Penso as marcas musicalmente, buscando ajudar a comunicação com os consumidores”, pontuou ele.

Acesse a programação completa da Casa Firjan. Há palestras sobre nova economia todas as terças-feiras.

Fonte: Firjan