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Pleito da Firjan: economia do mar mobiliza poder público e indústria pelo desenvolvimento do Rio

Com uma área litorânea de 636 quilômetros de extensão (8,6% do total brasileiro), o estado do Rio de Janeiro tem um grande potencial no desenvolvimento da chamada economia do mar, que em níveis globais deve gerar negócios de quase US$ 3 trilhões até 2030. A Firjan e o setor produtivo vêm debatendo com representantes do governo e do Legislativo estadual políticas públicas que catalisem essas possibilidades, gerando mais desenvolvimento para o Rio.

Os canais de diálogo estão abertos. O Executivo publicou, em 28/10, o Decreto nº 47.813/2021, que cria a Comissão Estadual de Desenvolvimento da Economia do Mar, responsável pela elaboração de políticas públicas para o segmento. Vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, a comissão terá representantes da Assembleia Legislativa, Firjan, Sebrae, Fecomércio, Cluster Tecnológico Naval, universidades e dos setores de infraestrutura e logística, de óleo e gás, do turismo e da pesca.

Já a Alerj aprovou, em 3/11, o Projeto de Lei nº 4.698/21, criando a Política Estadual da Economia do Mar. O texto de autoria dos deputados Célia Jordão, Luiz Paulo e Waldeck Carneiro prevê que o Executivo deverá realizar a promoção e o fortalecimento do Cluster Produtivo e Tecnológico do setor, catalisando o desenvolvimento econômico do estado ao longo dos nove anos do Regime de Recuperação Fiscal. O texto mapeia 30 grupos de atividades econômicas relacionadas ao litoral fluminense.

“Saudamos essa ação importante para o estado, a qual, conjugada com a ação do Executivo, colabora para o melhor resultado das políticas públicas com foco na economia do mar e seus principais vetores: indústria naval e mercados de defesa e offshore, além dos demais setores envolvidos como extração de sal, setor náutico e de turismo, pescas artesanal e industrial, entre outros”, destaca Heber Bispo, coordenador da Cadeia de Valor de Petróleo, Gás e Naval da Firjan.

Segundo ele, a indústria fluminense vê com bons olhos os esforços alinhados em prol do fortalecimento e ampliação desse conjunto de atividades econômicas, fundamental para a retomada do Rio de Janeiro, com a criação de inúmeros empregos.

Dados do governo do estado indicam que o setor representa 44% do PIB fluminense, da pesca artesanal às indústrias naval e de petróleo, incluindo as atividades econômicas que não têm o mar como matéria-prima, mas que são realizadas nas suas proximidades. O estado tem 27% de seus municípios voltados para o mar, com população estimada em 11 milhões de pessoas, o que representa 67% do Rio de Janeiro.

Cluster promove evento

Na quarta-feira (10/11), às 15h, a Firjan e o Cluster Tecnológico Naval promovem live de divulgação dos resultados do Grupo de Trabalho Intersetorial – Reciclagem Naval, criado para mapear e interagir nos processos administrativo-legais relacionados à reciclagem de embarcações. O evento faz parte da comemoração do 2º aniversário do Cluster Naval Tecnológico.

Fonte: Firjan.